Fundações e Empresas 1- Fundações
2- Empresas
1- Fundação Casa Mateus
A Fundação da Casa de Mateus, localizada em Vila Real, é uma das instituições culturais mais activas do país.
Em 1980 foi instituído o "Prémio Morgado de Mateus", atribuído uma única vez, nesse mesmo ano, e também o "Prémio D. Dinis" que todos os anos tem distinguido alguns dos mais importantes escritores portugueses.
A Fundação foi a fundadora da Rede Europeia de Centros de Tradução Colectiva de Poesia Viva (1991), no campo científico, foi fundado em 1986, com todas as Universidades Públicas e Academias Científicas portuguesas, o Instituto Internacional Casa de Mateus que organiza e acolhe todos os anos, em Mateus, seminários internacionais, juntando investigadores dos mais diversos países para debater assuntos de interesse geral.
Em 1992, aderiu à Rede Europeia de Centros Culturais sedeados em Monumentos Históricos e, em 1996, à Rede Mundial de Residência de Artistas (Resartis). D Francisco de Sousa Botelho de Albuquerque foi o criador da Fundação e é desde 1979 o actual Presidente da Fundação.
Casa Mateus - Palácio de Vila Real
D. Luís António de Sousa Botelho Mourão foi o 1º Senhor da Casa de Mateus, nasceu em 1722, e morreu em 1798. Era filho de António José Botelho de Mourão e de D Joana Maria de Sousa. Seu avô, D Luís António de Sousa era filho e neto dos Marqueses da Mina. O seu tio - avô foi Conde do Prado dos Sousa. O seu avô de 5ª geração era o Senhor de Beringel e o seu avô de 7ª geração foi D Pedro de Sousa, 1º Conde do Prado. Seu 16º Avô foi o Rei D Afonso III.
A Casa Mateus foi construída no século XVII, é um edifício barroco composto por dois corpos laterais ligados entre si por duas alas perpendiculares. Segundo alguns autores, Nicolau Nasoni terá tido alguma intervenção no palácio. O conjunto arquitectónico é completado pela Capela da Casa, pela "Nova Adega" (actualmente reconvertida para sala de exposições temporárias), pelo "Barrão" (antigo celeiro) e, principalmente, pelos magníficos jardins de buxo de estilo francês. O público pode optar entre duas modalidades de visita: a visita geral que inclui o interior da casa (com valioso e interessante recheio) e da capela ou apenas a visita aos jardins.
Casa de Mateus
O acesso ao piso nobre faz-se por duplas escadarias que se repetem nas fachadas transversais dos dois pátios, duas a poente e uma a nascente, e acentuam a simetria e o movimento barroco de toda a ornamentação. No 1º andar, entre os pátios e com fachadas sobre ambos, ao centro da construção e definindo a linha de união dos dois quadrados que compõem a planta, localiza-se o Salão de Entrada. Dá acesso a norte e a sul, respectivamente à Biblioteca e ala de quartos, e à Sala do Tijolo e ala das salas. As duas alas são ligadas entre si no topo nascente através de uma ala com quartos que dá acesso ao Coro da Capela.O granito amarelo constrói as paredes duplas e desenha as cantarias, e a madeira de castanho aparente compõe as portadas, a talha que trabalha os tectos de caixotão simples ou abobadado e as sobre -portas com motivos da heráldica da família.
Solar de Mateus - Jardins
No jardim Casa Mateus encontramos admiráveis Cedros a rodear o espelho de água, com diversas árvores nativas, exóticas, desde freixos, bétulas, araucárias, negrilhos, loureiros, carvalhos entre tantas outras. De todas elas, grande destaque para o Cedros de Odora, plantado em 1870 que já contém 6 troncos e um enorme perímetro.
Todo o jardim foi plantado na década 30 e 40, do século XX, com excepção do aprazível túnel arbóreo que contém algumas dezenas de metros.
Casa Mateus - Espelho de Água
A Quinta da Casa de Mateus divide-se em duas áreas distintas (área ajardinada e a de exploração agrícola). Os jardins de estilo francês criam desenhos muito geométricos e outros mais fluidos, reconhecendo-se também semelhanças dos jardins portugueses com os seus típicos motivos arabescos.
Solar Casa Mateus Traseiras.
No interior do Palácio de Mateus, ainda conseguimos encontrar óleos do século XVII e XVIII, louças de Cantão, gravuras e mobiliário oitocentistas, um cravo setecentista, peças litúrgicas, relicários de prata e vidro, um crucifixo quinhentista em marfim, um altar de talha seiscentista e um minucioso presépio de autoria de Machado Castro. Sem dúvida um precioso espólio que é um regalo para os olhos.
Adega Casa Mateus
Adega Cooperativa de Vila Real produz vinhos do Porto, de Trás-os-Montes e que Vila Real dá imagem, através da "Casa de Mateus", o famoso " Mateus Rosé", o vinho de mesa português mais conhecido no estrangeiro.
Biblioteca Casa Mateus
Nesta sala, que ocupa o lugar central da ala norte da Casa, reúnem-se muitos dos livros de uma família, que desde sempre, teve forte implantação, na Universidade, na Igreja e na Magistratura (...) e com preocupações de cultura, pelo menos livresca, conforme demonstrou o estudo recente de Vasco Graça Moura.Coberta por um belo tecto em castanho, tal como muitas outras divisões do Solar, encontramos obras de grande valor, notáveis colecções, raridades bibliográficas e diversos objectos relacionados com "Os Lusíadas" e promovidas pela Fundação, assim como 13 placas de cobre originais, gravadas por Fragonard e Gérard, para produzir as ilustrações da epopeia, cartas autografadas, um exemplar da monumental edição de "Os Lusíadas"...
Igreja do Solar de Mateus
Igreja Solar de Mateus, ou Capela de Nossa Senhora dos Prazeres revela afinidade com outras obras de Nasoni, mas existe quem atribua a obra a um mestre minhoto, José Álvares. O seu alçado frontal revela uma fisionomia Barroca, rasgando-se um janelão sobre um pequeno portal que se interliga com um brasão. O interior da capela é de pendor mais clássico do que a frontaria, revelando uma acentuada verticalidade que atinge mais de 30 metros de altura. O coro é iluminado e sustentado por um amplo arco abatido. A capela - mor, em tecto de abóbada em berço é antecedida por um arco cruzeiro que arranca de pilastras jónicas. Do lado direito encontra-se o túmulo de D José Maria de Sousa Botelho.
ESTATUTOS DA FUNDAÇÂO CASA DE MATEUS
CAPÍTULO I
Natureza, nacionalidade, duração, sede e fins da instituição
ARTIGO 1º - A Fundação da Casa de Mateus é uma instituição particular de utilidade pública dotada de personalidade jurídica, que se rege pelos presentes estatutos.
ARTIGO 2º- Esta instituição é perpétua, portuguesa, e a sua sede é no lugar de Mateus, concelho de Vila Real.
ARTIGO 3º - Os fins da fundação, culturais, artísticos, educativos e científicos, são especialmente os seguintes:
a) A conservação do monumento nacional - Casa de Mateus -, com perfeita observância das disposições legais que condicionam a realização de quaisquer obras nos edifícios classificados como monumentos nacionais;
b) O restauro e melhoramento da casa, jardins, capela e demais dependências;
c) A catalogação e estudo de todo o arquivo, promovendo a publicação do que de interesse histórico, político, militar, social, económico e artístico nele se encontre;
d) A manutenção do culto na capela anexa, nas condições actuais, mantendo as missas e obrigações instituídas pelos Morgados de Mateus e seus sucessores até ao instituidor desta Fundação;
e) A admissão de estudiosos, à consulta e estudo de todos os documentos e demais elementos de interesse que possua, bem como do público à visita do monumento;
f) A acção cultural e educativa e artística que seja compatível com o monumento e decidida pelos directores.
CAPÍTULO II
Património
[...]
ARTIGO 5º - A Fundação poderá adquirir quaisquer bens necessários para a realização dos seus fins ou a aplicação de valores do seu património e aceitar doações ou legados.
ARTIGO 6º - São rendimentos da Fundação:
a) Os da exploração da quinta, que lhe cumpre assegurar;
b) A receita obtida com a cobrança de bilhetes aos visitantes;
c) A receita da venda de postais, brochuras e recordações com base no monumento;
d) A receita obtida com a venda de livros e publicações de documentos do arquivo;
e) Os demais rendimentos dos bens que lhe pertençam;
f) As comparticipações ou subvenções e subsídios de qualquer entidade.
CAPÍTULO III
Administração
ARTIGO 7º -A Fundação será administrada por uma direcção composta de três a sete membros, dos quais um, que presidirá, exercerá as funções de director-delegado, sendo todos normalmente escolhidos de entre os descendentes do instituidor e segundo as regras seguintes:
§ 1.º A primeira direcção será designada no acto da instituição da Fundação, e à direcção competirá preencher as vagas resultantes da falta de qualquer dos directores, devendo fazê-lo conforme as regras constantes dos parágrafos seguintes.
§ 2.º O director-delegado será o representante da família do instituidor, considerando-se como tal o descendente legítimo do instituidor determinado pelas seguintes preferências:
1.ª Os que procedem de linha masculina preferem os restantes;
2.ª Os varões preferem às mulheres;
3.ª O mais velho prefere aos mais novos.
§ 3.º Poderão também ser nomeados para fazer parte da direcção, por períodos renováveis de três anos, quaisquer entidades que se proponham colaborar activamente na realização dos fins da Fundação:
§ 4.º No preenchimento de vagas resultantes da falta de um descendente do instituidor deverá a direcção escolher, de preferência, um dos descendentes legítimos deste.
§ 5.º No caso de a função de director-delegado dever, segundo as regras do § 2.º, recair num menor, será nomeado pela direcção um director-delegado, interino, que exercerá essa função até à maioridade daquele.
ARTIGO 8º -Salvo no caso do § 3.º do artigo 7.º, os lugares de direcção serão exercidos vitaliciamente, mas qualquer dos seus membros poderá ser destituído, por decisão unânime dos restantes, em caso de indignidade ou falta grave às suas obrigações, devendo, nesse caso, ser substituído de acordo com as regras do artigo anterior. A destituição só se tornará efectiva quando aprovada por maioria de quatro quintos do conselho previsto no artigo 17.º.
ARTIGO 9º -Ao director-delegado competirá o trabalho efectivo de expediente e administração, sendo função principal da direcção a fixação dos orçamentos e planos de trabalho anuais e a fiscalização do seu cumprimento.
[...]
ARTIGO 10º -À direcção competem os mais amplos poderes de gestão e representação da Fundação, para a realização dos seus fins.
§ 1.º A Fundação obriga-se pela assinatura do director-delegado ou seu mandatário em todos os actos de mera administração; e pela de dois directores nos restantes.
§ 2.º As deliberações da direcção são tomadas por simples maioria de votos dos directores presentes, tendo o director-delegado, em caso de empate, voto de qualidade.
ARTIGO 11º - Os directores-delegados, descendentes do instituidor, e este mesmo, serão sepultados na capela anexa, se as prescrições legais em vigor à data do seu falecimento o permitirem; se essas prescrições o não permitirem serão os seus corpos trasladados para a capela logo que isso possa legalmente efectuar-se.
CAPÍTULO IV
Fiscalização
ARTIGO 12º - Os directores organizarão a escrita da Fundação e apresentarão, em relação a cada ano civil, o respectivo inventário e conta de receitas e despesas.
ARTIGO 13º - Os documentos referidos no artigo anterior serão submetidos, dentro de sessenta dias, a contar do fim de cada ano, a uma comissão revisora de contas, composta de três membros, a saber:
a) Um nomeado pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais;
b) Um nomeado pela Direcção-Geral da Contabilidade Pública;
c) Um designado pela direcção;
§ único. Os membros desta comissão poderão examinar em qualquer momento as contas da Fundação.
CAPÍTULO V
Disposições diversas
ARTIGO 14º - As funções de director e de membro da comissão revisora de contas, salvo o que dispõe o artigo 9.º destes estatutos, não serão remuneradas.
ARTIGO 15º - No caso de a Fundação ser extinta, seja qual for o motivo dessa extinção, os seus bens e valores reverterão em plena propriedade para o representante da família do instituidor naquela ocasião.
ARTIGO 16º - Os presentes estatutos poderão ser alterados por decisão da direcção, mas somente na medida em que isso se torne indispensável para que a Fundação continue a sua existência legal e para exercer as suas funções. [...]
[...]
19.º Cartório Notarial de Lisboa, 29 de Janeiro de 1971.
2- Empresas
AASCMJ- Comércio por Grosso e Retalho
Sede: Serra das Minas
Actividade: Imobiliário, automóvel e hotelaria.
Capital Social: (Euro) 5.001 - 25.000
Volume de Negócios: (Euro) 1.250.001 - 2.500.000 ano
Número de Empregados: 26 - 50
Actual Administrador: Álvaro Martins de Jesus
ACAIL- Comércio de Automóveis Ligeiros
Sede: Beja
Actividade: Automóvel
Capital Social: (Euro) 100.001 - 250.000
Volume de Negócios: (Euro) 5.000.001 - 25.000.000 ano
Número de Empregados: 51 - 100
Actual Administrador: António Chícharo
AM Pereira Chícharo- Comércio por Grosso e Retalho
Sede: Beja
Actividade: Combustível em estabelecimentos Especializados
Capital Social: (Euro) 5.001 - 25.000
Volume de Negócios: (Euro) 1.250.001 - 2.500.000 ano
Número de Empregados: <= 5
AMJ Crédito
Sede: Rio de Mouro
Actividade: Sociedades financeiras para aquisições a crédito
Capital Social: (Euro) 5.001 - 25.000
Volume de Negócios: <= 250.000 ano
Actual Administrador: Álvaro Martins de Jesus
Chícharo Lda
Sede: Alverca do Ribatejo
Actividade: Comércio a Retalho de Vestuário, Lojas de Pronto a Vestir
Capital Social: Euro) 25.001 - 100.000
Volume de Negócios: (Euro) <= 250.000 ano
Damatrónica
Sede: Mem Martins
Actividade: Fabricação de receptores de rádio e de televisão e bens de consumo similares
Actual Administrador: António Manuel Sousa Chícharo
Fundação Casa Mateus
Actividade: Actividades de Museus, Produção de Vinhos, Fabricação de doces, compotas e geleias
Sede: Vila Real
Volume de Negócios: (Euro) <= 250.000 ano
Número de Empregados: 26 - 50
Actual Administrador: Fernando de Sousa Botelho de Albuquerque
J Chícharo- Contabilidade e Gestão, Lda.
Sede: Beja
Actividade: Contabilidade, Auditoria e Consultoria
Capital Social: (Euro) 5.001 - 25.000 ano
Volume de Negócios: (Euro) <= 250.000
JCCTOYOTA- Comércio de Automóveis
Sede: Beja
Actividade: Comércio de Automóveis, Concessionário
Capital Social: (Euro) 100.001 - 250.000
Volume de Negócios: (Euro) 2.500.001 - 5.000.000 ano
Número de Empregados: 26 - 50
Actual Administrador: José Cândido Chícharo
JCC & Filhos Lda.
Sede: Beja
Actividade: Automóvel Reparações, Assistência, Oficina e Peças
Actual Administrador: José Candido Chícharo
JF Chícharo - Seguros
Sede: Beja
Actividade: Seguros de não vida
Actual Administrador: José Francisco Semião Galamba Chícharo
JF Chícharo- Restaurantes
Sede: Évora
Actividade: Restauração e Actividades de Restauração em meios móveis
Número de Empregados: <= 5
Actual Administrador: José Francisco Chícharo
Restaurante Santo Amaro
Sede: Penela
Actividade: Restauração
Capital Social: (Euro) <= 5.000
Actual Administrador: Vasco Rodrigues
Restaurante O Barbatanas
Sede: Cartaxo
Actividade: Restauração, Cozinha tradicional Portuguesa
A Comarca Lda.
Sede: Beja
Actividade: Restauração e Actividades de Restauração em meios móveis
Capital Social: (Euro) <= 5.000
Volume de Negócios: (Euro) <= 250.000
NJ Chicharo
Sede: Colares
Actividade: Comércio por Grosso
Administrador: Nelson José de Sousa Chícharo
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